Campeonatos Regionais

Começam amanhã os Campeonatos Regionais de Lisboa. Depois de termos marcado presença nas provas nacionais de acesso, onde recolhemos uma importante experiência para as seguintes competições. Em especial os Campeonatos Regionais. Numa situação normal, estas competições são caracterizadas pela regularidade do seu vencedor. No entanto, nas últimas edições lisboetas, têm sido disputados num sistema todos contra todos a uma só volta, para depois ser introduzido um torneio de encerramento a duas voltas, que satisfaz o intuito de preencher a lacuna que existe até ao final da época. Na minha opinião, esta organização dos campeonatos, deturpa um pouco a veracidade dos mesmos, dado que a seriação é realizada tendo como base as classificações obtidas aquando das provas nacionais. Sublinho alguns factores limitadores que esta opção tem. Começo por destacar a repetição dos mesmos adversários durante mais de metade da época. O que é pouco enriquecedor do ponto de vista pedagógico e mesmo social, pois está comprovado que a variabilidade de estímulos é benéfica ao desenvolvimento. Ora se enfrentarmos sempre os mesmos adversários, torna-se a competição num evento monótono que obriga a um esforço de inovação e reinvenção do jogo, para obter alguma satisfação do mesmo. Por outro lado, temos o prejuízo da vertente competitiva, ao limitar uma equipa a disputar uma divisão inferior, só porque na seriação efectuada no início da época ficou no último grupo. Tal como é do conhecimento geral, os escalões de formação são caracterizados por alguma instabilidade no que toca aos seus elementos. Entram novos praticantes com a mesma frequência com que saem, já para não falar da inconstância do nível de jogo ao longo da época. Tornando assim pouco gratificante o esforço dos atletas para se auto-superarem dado que estão limitados por aquilo que foram e por aquilo que fizeram, desvalorizando o seu trabalho.
Como tal, julgo ser necessário efectuar uma reflexão sobre o que queremos para o futuro. Qual será a melhor opção?